terça-feira, 7 de abril de 2015

Mobile Payment, por que utilizar?




Em 1876, Alexandre Graham Bell efetuava a primeira ligação telefônica, 85 anos depois, cerca de 100 milhões de assinaturas de telefones fixos já existiam. Em 1978, um pouco mais de 100 anos após a grande criação de Graham Bell, o primeiro serviço comercial para celulares foi criado e em um período de 24 anos, mais de 1 bilhão de assinaturas de linhas móveis já existiam.

Ter em mãos um dispositivo de telefonia móvel, significa muito mais do que imaginamos.

Os dispositivos de telefonia móvel podem ser encontrados em qualquer região do país. A cobertura da rede móvel transformou a comunicação e possibilitou o amplo acesso a todas as classes sociais. Dessa forma, é muito mais comum abordar um brasileiro que possui um número de celular, do que um brasileiro que possui uma conta bancária.

Mais de 40% da população brasileira não possuem contas em bancos. Maior ainda é a porcentagem da população não bancarizada.
*Entende-se como bancarização, o acesso e o uso de serviços/produtos bancários.

Se analisarmos o crescimento da adoção às novas tecnologias em comparação ao crescimento de abertura de contas bancárias, a discrepância é maior ainda.

E o que tudo isso tem haver com Mobile Payment?

Um dos principais pilares que sustentam e justificam a utilização dos serviços bancários, é a utilização de pagamentos eletrônicos. Uma vez que o custo social das formas de pagamento digital é absurdamente maior quando se utiliza o papel moeda, a estrutura de precipitação é invertida. Isso é, na prática, a conversão de 20% de pagamentos em papel moeda para pagamento digital, resultaria em um impacto positivo de 0,2 no PIB nacional. Além disso, do ponto de vista macroeconômico, operar com papel moeda é um entrave social, provocando rupturas em economias emergentes.


A utilização de pagamentos com o uso dos dispositivos móveis, auxilia tanto na inclusão financeira, quanto na melhoria da eficiência do mercado. 


domingo, 5 de abril de 2015

Mobile Payment - O início!






Eu trabalho com mobile há algum tempo. Em 2012, durante minha pós-graduação em engenharia de software, iniciei os estudos sobre Mobile Payment. Inicialmente, meu interesse era pela arquitetura do software, porém, após algumas pesquisas, me vi completamente envolvida em um universo muito maior.


Em pouco tempo de pesquisa, dúvidas começaram a surgir em minha mente:



Qual a visão do regulador?
O que eles esperam do futuro?
Qual visão econômica dos meios de pagamento?
Quais princípios econômicos? Efeito rede, externalidade, feedback positivo.
O que realmente é irrelevante?
Quais impactos sócio econômicos para promover o m-payment?
Como as inovações tecnológicas atingem os serviços, canais, dentre outros?

Quais motivadores/inibidores para a adoção do m-payment?


Diante de tantas questões, comecei a pesquisar pontos que fugiam totalmente do universo da área de TI, mas com a certeza de que o principal fator motivador era pertencia a um mundo, o qual eu já conhecia bem: Mobile.


domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher - Parabéns?





Como mulher inserida no mundo de tecnologia, devo tirar o dia de hoje para fazer reflexão!!!

Dia internacional da mulher.

Ok, muitas conquistas foram alcançadas, mas ainda há muito para acontecer. 
Podemos comemorar o fato de vivermos numa sociedade que permite o voto, o estudo, a colocação no mercado de trabalho e a liberdade de escolha. Mas, não esqueçamos que as mulheres ainda ganham salários menores (apesar de ter mais estudos), ou que as mulheres lideram o grupo dos mais pobres (mesmo quando são as provedoras do sustento da família), ou que a carga da responsabilidade sobre a família e o lar, ainda não é compartilhada.

Também não nos esqueçamos daquelas que ainda não podem sentir o vento nos cabelos, pois, sem burca é morte. Tem também aquelas que sofrem flagelamento nas genitálias, ou aquelas que são obrigadas a se casar com menos de 10 anos de idade! Não nos esqueçamos daquelas que morrem ao nascer, simplesmente por ser mulher!

Ainda há muito a refletir e também muito a conquistar.


Parabéns mulheres! Símbolo de trabalho e força!!!!

sábado, 13 de dezembro de 2014

Reflexo da Sociedade: da música de infância ao desenvolvimento de software

Ontem, antes de ir trabalhar pela manhã, eu estava tomando banho quando vi uma aranha (pequena) no banheiro. Na hora eu até assustei, mas depois fiquei observando o quanto ela estava lutando para sobreviver e escapar das gotas d'água. 
Eu fiquei passando o shampoo e lembrando da música da D. Aranha: 

"A dona aranha 
Subiu pela parede 
Veio a chuva forte 
E a derrubou 

Já passou a chuva 
O sol já vem surgindo 
E a dona aranha 
Continua a subir 

Ela é teimosa 
E desobediente 
Sobe, sobe, sobe 
E nunca esta contente"


Nesse momento eu parei de pensar no animal que estava dividindo aquele espaço comigo, pois a frase "Ela é teimosa e desobediente. Sobe, sobe, sobe e nunca está contente" perturbou meu pensamento a ponto de me incomodar. 

Essa música existe no mínimo há 30 anos e isso me fez refletir em: Como a tentativa de conquista era julgada a anos atrás? 
Diante de alguns relatos (pois eu tenho menos de 30), as pessoas bem comportadas e encaixadas em perfis pré-estabelecidos, eram as mais cogitadas pelo mercado de trabalho. Havia no escritório, o perfil do chefe, que normalmente sentava atrás de sua equipe para observar o trabalho de cada um. Todos respondiam às suas ordens com pouco questionamento. 
Tal comportamento era adequado para uma sociedade (estamos falando de Brasil), que quando nasci, estava vivendo na ditadura.

Obedecer e se contentar. Trabalhar para atingir um único objetivo e a partir daí... sobreviver...  Essas são características das gerações anteriores a geração Y. 

Dado que vivo em uma inércia diferente da geração 'autora' da letra da música da D. Aranha, tenho dificuldades para entender o motivo de dizer que a D. Aranha é desobediente. Para mim, ela corre atrás de seus objetivos, assim como fazemos, todos os dias.

No mesmo dia, tive um treinamento sobre formação de equipes, focado em desenvolvimento mobile ágil. Conteúdo muito interessante!!! 
Após esse treinamento, ao conversar com o palestrante, me vi, novamente refletindo sobre a mudança cultural da sociedade e seu impacto no cotidiano das empresas. 

As pessoas mudaram, a sociedade mudou. O ritmo das músicas estão mais rápidos, a informação está acessível e as empresas, querem e devem acompanhar tudo isso.
Se imaginarmos uma linha do tempo e colocarmos a evolução da indústria nesse eixo, teremos a interpretação da evolução das empresas em algumas etapas:

A indústria de produção nasce do automóvel, logo, nos processo definidos por Ford, Taylor e Fayol (aqueles que já conhecemos), as empresas teriam mercado competitivo, se e somente se, fossem produtivas (ié, custo menor e produtividade maior). Portanto, você poderia escolher qualquer cor de carro, desde que fosse preto!

Poucos anos após o 'Fordismo', o diferencial da empresa estava na qualidade. O fato de ser produtivo, era simplesmente um pré-requisito. Mas novamente, o mercado evolui e a tendência junto com a necessidade de buscar um diferencial, levou as indústrias a serem mais flexíveis. Dessa forma, ser produtivo, eficiente e ter qualidade, eram agora, os pré-requisitos.
Uma empresa flexível é aquela que tem facilidade de adaptação. Essa, pode fazer rapidamente produtos diferentes e se adequar às demandas. 

O diferencial de mercado tempos depois, seria a empresa inovadora. A qual, tem capacidade de intervir ou criar determinadas necessidades e se adequar à novos contextos (além de ser flexível).

A grande questão é que hoje, vivemos numa fase onde a conquista do mercado é feita pelos serviços oferecidos. O foco mudou! 
A empresa que antes tinha autonomia de ofertar para o mercado, hoje, atende a demanda que vem do cliente. Assim, as empresas são regidas pelos consumidores em qualquer área de negócio. Houve uma inversão de valores, no que diz respeito ao foco. 

O CLIENTE rege o movimento das indústrias, das empresas e das inovações. Temos assim, um processo centrado no ser-humano.
(Tal análise foi motivada pelo professor Marcos Bader.) 

Entendo que da mesma forma que a ansiedade existe para clientes, ela também existe para os fornecedores. Hoje, vivemos uma nova onda, a qual o cliente está muito próximo, logo, as empresas anseiam oferecer o que lhe é pedido. Sendo que essa oferta deva ser eficiente, produtiva, com qualidade, flexível e inovadora (risos).

Diante desse cenário e diante da submersão tecnológica a qual vivo, entendo que desenvolver softwares de forma ágil não é mais diferencial competitivo e sim mais um pré-requisito colocado dentre todos os anteriores.

:-)